Mercedes apresenta seu ‘carro inflado’, o mais seguro da frota

Mercedes ESF 2009: bolsas de ar estão espalhadas por todo o carro

Todo ano, ou perto disso, os alemães da Mercedes-Benz criam um veículo experimental que mostra inovações na área de segurança.
Algumas, sim, chegam a ser aplicadas na frota que chega ao consumidor comum.
A tradição ocorre desde 1974, quando a Alemanha era, a bem da verdade, duas nações. No ano em que a divisão Ocidental venceu sua segunda Copa do Mundo, o primeiro Experimental Safety Vehicle (ESF) saiu da garagem da companhia com sede naquele território.
Enquanto isso, as ruas da parte Oriental, administrada por soviéticos, eram dominadas por Trabies, automóveis básicos que serviam, em essência, apenas para locomoção.
Começava no território da Alemanha Ocidental, ainda que imaturamente, o desenvolvimento dos freios ABS e do controle de estabilidade eletrônico, bem como a melhoria no sistema de retenção, que daria origem aos airbags.
E são nessas bolsas de ar, trinta e cinco anos e uma unificação depois, que se localizam as mudanças mais sensíveis na versão 2009 do automóvel conceitual. O esqueleto do invento, pertencente ao S400 Hybrid da marca, possui airbags dentro e fora de sua estrutura física.
Uma bolsa externa presa ao chão em que o motorista pisa, como exemplo seguro, seria ativada a uma batida iminente flagrada pelos sensores do carro. A bolsa, então, teria sua massa friccionada contra o asfalto causando a desaceleração do carro. Em tal conjuntura, o veículo ganharia uma altura de 80 milímetros, segundo os engenheiros da montadora, o que seria capaz de reduzir os danos do impacto.

Colisão em simulador: o airbag localizado na parte de baixo do veículo é ativado quando há risco de batida frontal

Na parte interna do Mercedes mais seguro do mundo, os airbags infestam até mesmo os cintos de segurança e os espaços entre os bancos. E se a colisão prevista for lateral, os assentos inteligentes movem os ocupantes até 50 milímetros para o centro da cabine.
Os engenheiros também aprimoraram estruturas metálicas infláveis, que servem como uma proteção mais compacta a batidas.
As tecnologias mais bem-sucedidas nos testes figurarão nos próximos modelos da linha. Por volta de 2020, quem sabe, poderemos dizer se o protótipo foi feliz, ou não, em sua existência. E também saber se a crise econômica, de fato, se mostrou tão catastrófica à indústria automotiva.
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