sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Anatel volta a adiar decisão sobre ponto extra de TV paga

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu adiar novamente, por mais 30 dias, a decisão sobre a cobrança do ponto extra dos serviços de TV por assinatura. O órgão regulador suspendeu a eficácia dos artigos 29, 30 e 32 do Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos Serviços de Televisão por Assinatura, que proíbem a cobrança do ponto adicional.
O adiamento valerá a partir de amanhã.

A decisão foi tomada ontem pelo Conselho Diretor do órgão regulador e publicada hoje no Diário Oficial da União (D.O.U.). Desde meados do ano passado, a Anatel vem discutindo o assunto, mas ainda não definiu se as empresas de TV por assinatura têm ou não o direito de efetuar a cobrança do ponto extra pelo serviço.

No começo deste mês, o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, disse ter nomeado um grupo de engenheiros da agência para fazer um levantamento dos custos do ponto extra da TV por assinatura para as empresas. Na ocasião, ele informou que o grupo teria 15 dias para concluir o trabalho, o qual subsidiará o Conselho Diretor da Anatel na decisão de permitir ou não que as empresas continuem a cobrar pelo ponto extra.

27/02/2009 - 12:38 - Agência Estado

Livro mostra como internet, jogos eletrônicos e celulares mudam nossa vida; leia introdução

Em tempos de internet, jogos eletrônicos, celulares com diversas funções e informação a todo instante, a cultura se adaptou às novas tecnologias e é difícil hoje viver sem a parte digital do segmento de cultura. O livro "Folha Explica A cultura Digital" é editado pela Publifolha explica estas transformações. É escrito por Rogério da Costa, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica e do Departamento de Ciência da Computação da PUC-SP. A introdução pode ser lida abaixo.
Não só uma revolução tecnológica, as novas tecnologias digitais de comunicação estão mudando a própria cultura.
O livro discute o impacto de tecnologias como o telefone celular, a TV digital e a internet na sociedade, além das alterações que vêm causando, com o aumento vertiginoso da quantidade de informação e o surgimendo de comunidades virtuais. Tudo de maneira elegante e indo a fundo nos temas, o que faz com que, apesar das mudanças de tecnologia, o livro seja sempre atual.
Como o nome indica, a série "Folha Explica" ambiciona explicar os assuntos tratados e fazê-lo em um contexto brasileiro: cada livro oferece ao leitor condições não só para que fique bem informado, mas para que possa refletir sobre o tema, de uma perspectiva atual e consciente das circunstâncias do país.
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Confira abaixo a introdução do livro:
A cultura da atualidade está intimamente ligada à idéia de interatividade, de interconexão, de inter-relação entre homens, informações e imagens dos mais variados gêneros. Essa interconexão diversa e crescente é devida, sobretudo, à enorme expansão das tecnologias digitais na última década. Com o forte crescimento da oferta e consumo de produtos ditos de última geração, já não se pode mais falar do futuro que bate às nossas portas, mas simplesmente de alguns novos hábitos disseminados entre milhões de pessoas por todo o mundo.
Isso tem alimentado muitas fantasias e gerado grandes expectativas sobre a cultura digital nascente. São visíveis as inúmeras modificações presenciadas na esfera do trabalho, que tem seu dia-a-dia marcado cada vez mais pela forte presença dos computadores, da Internet e dos telefones celulares. No âmbito da educação, milhares de pesquisadores, professores e estudantes de todo o planeta apostam na Internet, enxergando-a como fator tecnológico principal na evolução do ensino à distância e presencial.
As profundas transformações no setor de entretenimento e comunicação também não passam despercebidas. Neste início de século 21, surge uma televisão digital interativa, que pode muito bem tornar-se o símbolo do que se espera, para os próximos anos, em termos de interação com imagens e dados. Além dela, uma epidemia de sem-fio nos aguarda na esquina, pronta para espalhar inteligência entre os aparelhos que nos cercam.
Tais mudanças nos hábitos dos indivíduos não apenas afetam suas vidas num contexto estritamente tecnológico, mas também alcançam as zonas mais amplas de uma autêntica cultura digital. Este pequeno livro pretende guiar o leitor por alguns meandros dessa cultura, analisando práticas que vêm brotando a cada dia e que modificam sorrateiramente a vida de tanta gente.
O confronto cotidiano com o excesso de informação na rede é um desses aspectos. Muitas vezes, buscar uma informação na Web mais se parece com querer encontrar uma agulha no palheiro. Por isso, tentaremos entender por que os agentes inteligentes estão sendo apontados como a luz que ilumina o caminho dos internautas curiosos, dos pesquisadores e de tantos outros em suas tarefas rotineiras.
A proliferação das comunidades virtuais é outro ponto essencial. Veremos como as noções de cooperação, confiança e inter-relação constituem os pilares fundamentais que permitem a indivíduos de todos os cantos do mundo, cotidianamente, colaborarem para a manutenção viva de milhares de comunidades em rede. Cobrindo os mais variados domínios, seja trocando mensagens, seja debatendo questões políticas, seja simplesmente acompanhando uma discussão, pessoas de origens diversas, ao conviverem em comunidades on-line, experimentam esse aspecto tão recente da sociabilidade.
É importante alertar que o leitor não encontrará aqui um texto sobre inovações tecnológicas, apesar de tratarmos de algumas bem importantes. Tampouco terá uma explicação exaustiva sobre uma disputa entre termos tão polissêmicos: interação ou interatividade? Discutiremos aqui, mais do que tudo, o modo que estamos conduzindo e construindo nossas relações em meio aos mais variados artefatos tecnológicos.

Folha Online

Incêndio em sistema da Telefônica deixa sites de empresas fora do ar

Apesar de a Telefônica informar que a operação em seu data center de Alphaville, na Grande São Paulo, está "praticamente" normalizada, a pane ainda causa problemas para empresas que são clientes da operadora --o prédio sofreu um princípio de incêndio na tarde desta quarta-feira (25), fazendo com que seu funcionamento fosse suspenso.
Quase 30 horas depois do incidente, alguns sites hospedados pela Telefônica ainda estão fora do ar. É o caso da Controlar, empresa responsável pela realização da inspeção veicular na cidade de São Paulo, que enfrenta problemas em seu site desde a tarde de ontem, com disponibilidade de acesso inconstante.
Com isso, não é possível fazer o agendamento para inspeção do veículo --cerca de 2,5 milhões de veículos devem passar por inspeção obrigatória na cidade neste ano. A Telefônica informa que técnicos das empresas "estão trabalhando para fazer funcionar o sistema o mais rápido possível".
O site da loja de materiais de escritório Kalunga também tem problemas de acesso. "Devido a problemas no data center da Telefônica nosso site encontra-se fora do ar temporariamente", informa uma nota da empresa.
Vendas paradas
Outras empresas também sofreram com o incêndio no data center, mas tiveram seu problema solucionado. No Grupo Pão de Açúcar, as lojas virtuais do Pão de Açúcar e do Extra, além do site institucional da companhia, ficaram fora do ar. O sistema ficou inoperante na tarde de ontem, mas voltou a funcionar por volta das 4h de hoje, diz o grupo, que não se pronuncia sobre os prejuízos causados pela pane.
O site do SBT também teve problemas de acesso, que só foram resolvidos por volta das 10h de hoje.
A Telefônica reafirma que os serviços do data center estão "praticamente" normalizados desde a manhã de hoje. Segundo a empresa, a pane gerou problemas para clientes corporativos, já que o data center faz o gerenciamento de dados de empresas de grande porte.
Os assinantes residenciais de banda larga teriam sido afetados apenas "momentaneamente". A empresa diz que os problemas enfrentados hoje por clientes devem ser analisados caso a caso e não têm necessariamente relação com o incêndio no data center. A Telefônica informa que não detectou um aumento no número de reclamações sobre o assunto em seu sistema de call center. Não há informação sobre o número de pessoas atingidas.
O princípio de incêndio atingiu a sala de equipamentos de ar condicionado do prédio por volta das 15h de ontem, diz a empresa, fazendo com que a energia elétrica tivesse de ser interrompida para a realização de uma vistoria do Corpo de Bombeiros.

Folha Online

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

'Inflação do aluguel' tem alta de 0,26% em fevereiro

Taxa havia registrado deflação de 0,44% no mês anterior.
Preços por atacado puxaram alta do indicador.
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de fevereiro com alta de 0,26%, influenciado pelos preços por atacado. A alta segue a deflação de 0,44% verificada no mês anterior. O IGP-M é usado para calcular os reajustes da maioria dos contratos de aluguel.

Depois de uma baixa de 0,95% em janeiro, os preços por atacado tiveram alta de 0,20% neste mês. No corte por origem, tanto as taxas dos produtos industriais quanto a dos agropecuários tiveram elevação. A taxa do primeiro grupo, no entanto, permaneceu negativa, passando de –1,48% para –0,18%. Já os produtos agropecuários subiram em média 1,25%, após taxa de 0,55% no mês anterior.

O índice relativo aos Bens Finais variou 1,25%, em fevereiro. Em janeiro, este grupo de produtos mostrou variação de -0,44%. Contribuiu para a aceleração o subgrupo veículos e acessórios, cuja taxa de variação subiu de -6,45% para 0,17%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,87%. Em janeiro, a taxa havia sido de -1,80%. No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas variou 0,60%, em fevereiro. No mês anterior, o índice registrou variação de -0,25%.

Preços ao consumidor sobem menos
Para o consumidor, a alta da inflação ficou menor em fevereiro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), um dos componentes do IGP-M, teve variação de 0,40% no mês, ante 0,75% em janeiro.

A principal contribuição no sentido descendente partiu do grupo alimentação (de 0,96% para 0,25%). Nesta classe de despesa, os destaques foram os itens frutas (de 3,82% para -1,48%), hortaliças e legumes (de 5,35% para 2,21%) e carnes bovinas (de -0,23% para -1,37%).

Também tiveram desaceleração os grupos educação, leitura e recreação (de 2,30% para 1,59%), vestuário (de 0,22% para -0,72%), transportes (de 0,85% para 0,52%), habitação (de 0,30% para 0,24%) e despesas diversas (de 0,36% para 0,35%).

O grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,63%) foi o único a registrar acréscimo em sua taxa de variação.

Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em fevereiro, variação de 0,35%, acima do resultado do mês anterior, de 0,26%. Os grupos materiais e mão-de-obra apresentaram acréscimos em suas taxas de variação, que passaram de 0,20% para 0,31% e de 0,17% para 0,29%, respectivamente. O grupo serviços apresentou redução em sua taxa de variação, de 1,02% para 0,88%.

G1