quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

EUA aprovam uso de células-tronco éticas

Cápsulas para armazenamento de células-tronco: críticos argumentam que este processo está errado porque destrói embriões.

WASHINGTON - O governo americano aprovou ontem o primeiro lote de células-tronco humanas embrionárias, permitindo a pesquisadores utilizá-las para conseguir milhões de dólares em fundos federais, como havia prometido Barack Obama em março.

Os lotes, chamados de fileiras, foram desenvolvidos por dois pesquisadores da Universidade de Harvard e da Universidade de Rockfeller com incentivos federais, segundo Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde.

"Hoje estamos anunciando a aprovação das 13 primeiras fileiras de células-tronco", disse Collins.

Em março, o presidente americano Barack Obama suspendeu restrições para pesquisas de células-tronco humanas embrionárias estabelecidas pelo seu predecessor George W. Bush.

Entretanto, Obama não pode suspender uma restrição imposta pelo Congresso, chamada de emenda Dickey-Wicker, que proíbe o uso de dinheiro federal para produzir essas células, o que exige a destruição de um embrião humano. A decisão, contudo, torna possível que pesquisadores utilizem verba federal para trabalhar com células já desenvolvidas.

Os Institutos Nacionais de Saúde organizaram um painel para decidir quais fileiras de células-tronco estão adequadas às restrições éticas. Essas células, por exemplo, precisam ser feitas a partir de um embrião doado por sobras de clínicas de fertilização e os genitores devem assinar detalhados documentos concordando com o uso científico do material.

Células-tronco são as principais células produzidas pelo corpo. Elas criam embriões com um dia de vida e tem o poder de desenvolver todas as outras células e tecidos do corpo.

Cientistas esperam usá-las para transformar a medicina, criando novos tecidos e reparando defeitos. Críticos argumentam que este processo está errado porque destrói embriões.

InfoOnline