sexta-feira, 3 de julho de 2009

A tecnologia do primeiro ônibus movido a hidrogênio da América Latina

Ônibus movido a hidrogênio, que estreará daqui um mês em São Paulo na linha ABD

São Paulo, a partir de agosto, contará com um ônibus movido a hidrogênio em sua frota. Até 2011, serão quatro coletivos circulando de Jabaquara a São Mateus.

A primeira das peças ecológicas foi apresentada à imprensa ontem (2), na sede da EMTU, em São Bernardo do Campo, conforme reportamos no Plantão INFO.

Alguns detalhes tecnológicos da peça, porém, ficaram de fora da notícia. A missão da publicação de agora é esclarecer, ou apresentar melhor, algumas características do coletivo.

Antes de tudo, se trata de um veículo híbrido, movido a tração elétrica. Isto é, pode ser operado com as células combustível a hidrogênio, apenas com baterias (três de alto desempenho) ou com os dois sistemas ao mesmo tempo. Tal sistema promete proporcionar “maior economia de combustível e racionalização da energia gerada”, segundo a equipe do projeto.

A propulsão do transporte ocorre quando o hidrogênio armazenado nos nove tanques é introduzido na célula a combustível, onde há um processo eletroquímico. A partir dele, a energia elétrica é produzida por meio da fusão do hidrogênio com ar e libera água como subproduto.

Após a energia elétrica ser regulada, ela movimenta o motor elétrico de tração - parecido com um trólebus – localizado na traseira e gera a energia mecânica.

O ônibus a hidrogênio tem capacidade de armazenar 45 quilos de hidrogênio (cinco quilos em cada tanque, presumimos). Para se ter uma idéia de quanto isso significa, a média de consumo de um veículo desse porte é de 15 quilos de hidrogênio a cada 100 quilômetros percorridos.

Logo, a autonomia com o uso de hidrogênio é de 300 quilômetros ; e mais quarenta quilômetros que o ônibus é capaz de rodar utilizando a energia reservada nas baterias.

De aplicação automotiva, as células automotivas em paralelo, além de ter menor custo de produção, geram potência de 136 quilowatts.

Para comandar com maestria o invento, o motorista do coletivo terá a sua disposição um computador de bordo que informa as condições dos subsistemas e de segurança - e também é capaz de acionar dispositivos para estabilizar o veículo, dizem.

Ainda nas tecnologias do coletivo a hidrogênio, há também um recurso de regeneração do sistema de frenagem, como ocorre na Fórmula 1. Consiste, basicamente, no modo em que energia é armazenada nas baterias para ser usada caso haja necessidade de maior potência na movimentação do veículo.

O ônibus, de 12 metros de compromento, tem espaço para 63 passageiros e espaço para cadeirantes. O nível de ruído é muito baixo comparado com as peças que possuem motores a combustão. A potência, de acordo com a EMTU, chega a 230 kw, o que dá, aproximadamente 300 cv.

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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Soletrando invade Araras, em Itaipava - Petrópolis

MARCELA MARTINS

O quadro Soletrando do programa Caldeirão do Huck, exibido pela Rede Globo, está saindo das telas da televisão e se tornando realidade para estudantes do Colégio Anglicano de Araras, em Itaipava. A final do concurso será realizada no dia três de julho, no pátio do colégio, e será dividida por turno: manhã e tarde. Dos 800 alunos participantes, do segundo segmento do ensino fundamental e ensino médio, 19 são finalistas.
De acordo com a coordenadora da sala de leituras, Claudia Rodrigues, o colégio promove projetos para incentivo à leitura e conhecimento da língua portuguesa. A ideia de fazer um concurso de soletração foi bem aceita pelos alunos. “Eles ficaram eufóricos e aceitaram muito bem, com muita empolgação. Mas quando eles eram eliminados, ficavam um pouco decepcionados”, contou Cláudia.
A professora ainda disse que os alunos questionaram muito sobre a possibilidade de haver uma repescagem. “Eles queriam voltar ao jogo de todas as formas, questionaram bastante sobre uma repescagem. Para este ano não dá mais, mas para as próximas edições vamos estudar as possibilidades. Como foi o primeiro ano que realizamos a soletração, não sabíamos muito como seria a aceitação”, disse.
O objetivo da escola, segundo Cláudia, é levar aos alunos o conhecimento das novas regras de ortografia e favorecer o estímulo de leitura. “Além de enriquecer o vocabulário dos alunos através de pesquisas no dicionário e nas enciclopédias”, disse.
Para a finalista Thayane Agrelos, de 16 anos, o concurso é importante e confessa que ficou nervosa na hora em que tinha que soletrar. “Eu não levei muito a sério no início. Mas quando passei para a final, eu fiquei muito nervosa e fiquei feliz por ter passado”, contou.
Já Thainá Cardoso, de 13 anos, disse que resolveu participar porque a turma em que estuda incentivou a participação da colega. “A minha turma é muito animada. Eu me lembro quando os outros dois participantes erraram e como eu era a última a soletrar se eu errasse, eles voltariam para a próxima rodada, mas eu acertei e eliminei os dois. Acho que esta iniciativa da escola é importante para incentivar os alunos”, disse.
A finalista Telma Calixto de Freitas, 16 anos, não imaginava que fosse chegar à final. “Nossa, foi engraçado participar. Quando as pessoas erravam sempre tinha uma zoação dos outros alunos. Não pensei que eu fosse conseguir chegar até aqui, foi legal”, contou.
A coordenadora da sala de leituras disse que o soletrando na escola seguiu todas as regras e modelo do programa do Caldeirão do Huck. “Cada turno tem uma mesa composta com professores da língua portuguesa, que ajuda os alunos com colocação da palavra em uma frase, sinônimo e definição. Na final a mesa do turno da manhã será formada pelas professoras Paula Machado e Sueli dos Santos Beck. No turno da tarde será a professora Marilange de Barros e o coordenador Antonio Roni Correa e eu vou lançar as palavras que os alunos deverão soletrar”, contou.
Ainda de acordo com ela, as palavras foram selecionadas e trabalhadas pelos professores dentro de sala de aula. “Dentro do próprio conteúdo estudado tiramos as palavras. Emprestamos todo o material para eles poderem estudar. Ainda foi usado um jogo Soletrando”, disse.
O concurso foi dividido em três etapas. “A primeira foi a apresentação do projeto, a segunda foram as eliminatórias, que aconteceram nos meses de abril, maio, junho e julho, dentro das salas de aulas, e a terceira será a grande final”, disse.
Os vencedores do Soletrando ganharão um dicionário da língua portuguesa com a nova ortografia, uma caixa de bombom e um troféu.

Gastronomia alemã invade Itaipava, em Petrópolis

MARCELA MARTINS
fotos: Divulgação

Feijoada alemã ( Cervejota )

É o caso do restaurante Cervejota, que em 1996 era conhecido como Adega da Pimenta, onde servia apenas pratos típicos da Alemanha. Em 2004, os proprietários decidiram diversificar a gastronomia, mas mantiveram alguns pratos da culinária germânica.
No restaurante é possível comer o chucrute (Sauerkraut), que nada mais é do que repolho fermentado em conserva. Outros pratos como o joelho de porco grelhado e o fondue alemão, que são minissalsichas cozidas no chope e molhadas no queijo cheddar derretido, podem ser uma boa pedida. Um prato muito brasileiro foi adaptado para esta gastronomia. A feijoada alemã é feita com feijão branco, salsicha branca, kassler (costeleta de porco), salsichão defumado, cenoura, lombo, linguiça e calabresa.


Schweinekoteletts ( Arcádia Bistrô )

Além desses pratos, os clientes podem saborear alguns petiscos. O combinado de salsichas, com cinco tipos diferentes que compõem o mix, é um dos mais solicitados.
Os clientes ainda podem escolher entre 13 rótulos de cerveja alemã. Entre eles: Heffe weissbier hell, heffe weissbier dunkel e as beck’s.
Outro restaurante que não ficou de fora foi o Arcádia Bistrô, que vai oferecer um cardápio especial com pratos típicos, nesse período de comemorações do Dia do Colono.
O Arcádia Bistrô vai servir pratos como Schweinekoteletts Mit Gebratenen Äpfeln (costeletas suínas com maçãs), Eisbein “wie in deutschland” (clássico joelho suíno com chucrute) e Kartoffel salat (salada de batata servida com lombo canadense regado ao molho de mostarda).


SERVIÇO

Cervejota
Estrada União e Indústria, 11811 / Lojas 4,5 e 6
Telefone: (24) 2222-3252
Arcádia Bistrô
Endereço: Estrada União Indústria, 10.12

Pesquisadores criam processador quântico

Cientistas de Yale usaram o chip ainda rudimentar para rodar algoritmos básicos
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Yale criou o primeiro processador quântico em estado sólido, avançando no projeto de construção de um computador quântico.
Os cientistas também usaram o chip ainda rudimentar para rodar algoritmos básicos, demonstrando pela primeira vez o processamento quântico de informações. A descoberta foi relatada na edição da revista Nature de 28 de junho.
Segundo Robert Schoelkopf, professor de física aplicada de Yale, o chip executa tarefas simples, já demonstradas com núcleos, átomos e fótons. A diferença é que o time conseguiu executar esses processos em um único dispositivo eletrônico, mais parecido com o processador que usamos hoje.
O grupo conseguiu fabricar dois qubits – ou bits quânticos –, que funcionam como dois átomos artificiais, ocupando dois estados de energia diferentes.
Esses estados de energia equivalem aos valores 1 e 0 dos bits tradicionais, mas por causa dos efeitos quânticos, um qubit pode valer 1 e 0 ao mesmo tempo – o que amplia dramaticamente a capacidade de processamento e armazenamento de informação.
Nos testes feitos anteriormente, os pesquisadores conseguiam criar qubits, mas eles duravam muito pouco tempo – cerca de um nanossegundo.
O grupo de Yale conseguiu aumentar a duração do estado quântico para um microssegundo, o que já é suficiente para a execução de alguns algoritmos simples.
O próximo desafio do grupo é aumentar ainda mais a estabilidade do chip e também aumentar o número de qubits na placa, para poder assim avançar para operações mais sofisticadas.

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