quinta-feira, 9 de abril de 2009

A Revolução Digital, dez anos depois de Matrix

Como em todas as grandes revoluções pelas quais passou a humanidade, a Era Digital também tem seus marcos culturais, materiais, humanos. Se na Inglaterra dos primeiros tempos da industrialização o grande invento era a máquina a vapor, fator tecnológico decisivo para a implantação de um sistema de trabalho ininterrupto nas fábricas, a Era Digital se sedimentou com o advento da Internet, a rede mundial de computadores.

Se a Independência dos Estados Unidos, que influenciou os passos políticos de praticamente todas as demais nações do continente na luta contra metrópoles europeias, teve líderes marcantes como George Washington e Thomas Jefferson, a Revolução Digital firmou no horizonte o espaço virtual colaborativo a partir de trabalhos como a Wikipédia, criada por Jimmy Wales ou os Blogs, celebrizados a partir da maior plataforma de criação desses instrumentos, o Blogger, idealizado por Evan Williams.

Se na Revolução Francesa, por exemplo, falávamos dos pensadores iluministas e de suas obras - Rousseau, Montesquieu, Diderot e D'Alembert -, hoje nos lembramos de Larry e Andy Wachowski, criadores de Matrix. Se, ainda no contexto revolucionário francês, podemos nos lembrar das manifestações populares, das disputas entre a burguesia e os sans-cullottes, por sua vez podemos destacar o ciberativismo do século XXI, com suas manifestações globais a partir da rede, em prol do meio ambiente e de tantas lutas legítimas.

A Era Digital foi modificando as bases de funcionamento da economia. Foram estabelecidas condições para que tudo funcionasse de forma conectada, globalizada e alheia a qualquer impedimento espacial ou temporal. Os investidores financeiros operam de olho em monitores que lhes permitem acompanhar o fechamento dos negócios em Wall Street (Nova Iorque) - Dow Jones ou Nasdaq - enquanto ao mesmo tempo acompanham os rumos da Bovespa (SP), os dados de Tóquio ou ainda os mercados europeus.

Não podemos mais nos dizer cidadãos brasileiros, americanos, alemães, japoneses ou australianos. Somos todos seres globalizados, que a qualquer momento, pelas vias reais ou virtuais, se transportam para destinos próximos ou distantes. Se na França revolucionária se definiram as bases do mundo burguês, consolidando o capital como o elemento crucial ao redor do qual giram as relações humanas, o terceiro milênio, estruturado em bases virtuais e digitais, propõe e realiza o sonho da onipresença. Vivemos uma época em que é possível a noite virar dia pela web, na qual Morfeus (o mitológico deus do sono) pode ser trocado pela comunicação instantânea (via celular, Wi-Fi ou rede 3G, de qualquer lugar do mundo civilizado).

O dinheiro deixou de ser sonante, virou plástico e caminha cada vez mais para a virtualização. Recebemos salários e pagamos contas sem que nenhuma nota ou moeda tenha que passar por nossas mãos. O que era aparentemente só devaneio de escritores de ficção científica ganhou vida. Isaac Asimov, Arthur C. Clarke ou Phillip K. Dick acertaram em inúmeras de suas "previsões" literárias.

Até mesmo a política consolida suas novas bases operacionais utilizando-se do conceito de convergência das mídias e celebrando o computador e a internet como os grandes beneficiários desta nova realidade tecnológica. Barack Obama que o diga. Há, no mundo de hoje, mais de 1,6 bilhão de internautas - aproximadamente um quarto da humanidade está conectada ao mundo virtual. Nenhum outro recurso tecnológico teve tamanho impacto sobre a humanidade em tão pouco tempo.

Cabe, no entanto, refletir sobre tudo isso com mais calma e tempo do que a Era Digital nos compele a fazer. Tudo hoje é expresso, rápido, acelerado. E é exatamente neste ponto que ainda não se fez uma leitura necessária e pontual sobre o questionamento central de Matrix, produção cinematográfica que, de certa forma, inaugurou enquanto marco cultural a Era Digital.

A pílula vermelha e a azul simbolizam não apenas a revolução e o imobilismo, a mudança e a continuidade, a transformação e permanência. Seu significado vai além de simplesmente compactuar, usufruir ou utilizar os recursos da tecnologia, do mundo virtual. Exigem uma leitura analítica, detalhada e crítica, para que possamos dizer sim, não ou talvez, de acordo com nossa consciência e clareza a respeito do mundo em que estamos vivendo.

Não podemos simplesmente aderir. Não podemos ser corporificados pela tecnologia e pela Era Digital. É imprescindível compreender, selecionar, rejeitar, opinar, entrar e sair de acordo com nossas escolhas. Caso não façamos isso, o que estará acontecendo (e que já está se processando na maioria dos casos), é a escolha - ainda que inconsciente -, da pílula azul. Migramos de uma realidade analógica para uma digital, mas ainda que percebamos o impacto das tecnologias sobre nossas existências pouco ou nada mudou, apenas trocamos os tipos de ferramentas que usamos.

Se, por outro lado, resolvermos assumir nossas dúvidas, inseguranças e fraquezas, ingerindo a pílula vermelha para descobrir "até onde vai a toca do coelho", por mais dor e angústia que isso possa provocar, estaremos realmente nos posicionando e lutando por um mundo no qual a humanidade não estará abrindo mão de seu mais precioso bem, a liberdade.

A proposta presente na pílula vermelha simbólica de Matrix é a de que não sejamos apenas os bestializados, que a tudo assistem passivos, sem participação real. Que não nos tornemos os apertadores de botões que movimentam linhas de produção e ao final não compreendem o processo produtivo no qual estão inseridos. Não há arautos, profetas nem tampouco devem existir intermediários. A leitura e compreensão da Era Digital, que está diante de nós, é pessoal, intransferível, inalienável.

iMaster

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Kiss se apresenta em São Paulo

Show da banda norte americana ocorreu na Arena Anhembi.
Grupo se apresenta nesta quarta (8) no Rio.

O quarteto norte-americano Kiss fez show nesta terça-feira (7) na Arena Anhembi, Zona Norte de São Paulo. A banda se apresentou no Brasil pela última vez em 1998, durante a turnê do álbum 'Psycho circus' (último disco de inéditas da banda). Em 2008, o grupo – que atualmente conta apenas com o baixista Gene Simmons e o guitarrista Paul Stanley da formação original – lançou o ao vivo 'Kiss alive 35'. O grupo toca também no Rio de Janeiro nesta quarta (8), na Praça da Apoteose. (Foto: Daigo Oliva/G1)

Do G1, em São Paulo

Oi demite 500 funcionários

SÃO PAULO – A operadora demitiu 500 funcionários por conta de sobreposições de funções após a compra da Brasil Telecom, realizada no fim de 2008.
As sobreposições de funções estavam principalmente na área de mercado e vendas, informou a Oi. Outro motivo apontado pela empresa para as demissões foi a indisponibilidade para deslocamento geográfico de uma parcela dos trabalhadores.
Cerca de 200 vagas ficarão abertas e serão preenchidas por meio de um recrutamento de mercado. Durante a negociação para a compra da Brasil Telecom, a Oi firmou compromisso de manter empregos por um prazo de três anos.
No entanto, a empresa alega que o compromisso era de manter o número de postos de trabalho e não dava garantia de estabilidade aos funcionários. Em comunicado à imprensa, a Oi afirma que “os ajustes não afetam esse compromisso, que está sendo devidamente honrado.”
Segundo a empresa, 20% dos 500 funcionários demitidos poderão participar do plano de aposentadoria incentivada, criado em fevereiro deste ano. Aqueles que atenderem aos requisitos necessários para participar do plano poderão aderir até julho.
A Oi anunciou que os trabalhadores demitidos terão seguro de vida e plano de saúde mantidos até o dia 31 de dezembro de 2009 e suporte especializado durante um ano de consultoria para recolocação do mercado.

Kátia Arima, da INFO

Yahoo! vai organizar comunidades de sites

SÃO FRANCISCO - Como cerca de outras 200 milhões de pessoas em todo o mundo, o co-fundador do Yahoo!, David Filo, tem uma conta no Facebook.

Mas se Filo e a nova presidente, Carol Bartz, seguirem com seus projetos, as ferramentas de interação social disponíveis no Facebook farão parte de muitas páginas do Yahoo! e permitirão que usuários interajam sem precisar usar o Facebook.

A empresa espera que a estratégia conecte seus diferentes produtos, trazendo mais receita publicitária e crescimento.

O Yahoo! está aumentando o volume de ferramentas de comunicação e interação e construindo ligações entre inúmeros sites da marca que antes operavam isoladamente.

"Você começará a atrair usuários do Yahoo! para outras áreas do Yahoo!", disse Filo.

Ainda não se sabe se os usuários vão dar as boas vindas à estratégia de comunidades na internet com o mesmo entusiasmo que têm com o Facebook e com o MySpace, da News Corp. Mas os anunciantes rapidamente irão descobrir.

"As pessoas estão gastando tempo no Twitter e no Facebook, mas anunciantes não querem estar lá agora. Esta é a questão central", disse o analista da JMP Securities, Sameet Sinha. "Os anunciantes da Yahoo, entretanto, já estão lá".

Reuters

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Matemática quântica ajuda a busca na web


SÃO PAULO - Uma técnica utilizada para estudar a desordem em sistemas da matemática quântica pode melhorar as buscas por palavras-chave na internet.

Segundo um estudo publicado pela News Scientist, a técnica permite identificar padrões significativos dentro de uma grande massa de dados. Isso poderia ser usado também para páginas da web e documentos de texto, até mesmo em análise do genoma.

A busca por palavras-chave atual faz uma comparação a frequência das palavras de um documento em relação a um padrão pré-estabelecido. Ou seja, se uma palavra aparece mais vezes, ela é considerada importante.

A nova técnica analisa a importância da palavra pelo lugar onde ela aparece, não apenas levando em consideração a frequência com que ela é mapeada. De acordo com Pedro Carpena, físico da Universidade de Malaga, na Espanha, seria mais ou menos como identificar as palavras-chave de um livro sem precisar de outros livros para fazer uma comparação.

O estudo realizado pele Universidade de Malaga pode ser encontrado no site Physical Review E.

Info Online

IBM desiste de adquirir a Sun Microsystems

BOSTON - A IBM retirou neste fim de semana a oferta de compra da Sun Microsystems por 7 bilhões de dólares.
A transação estava avançada, porém a IBM desistiu da aquisição após descobrir que não era a única empresa negociando com a fabricante do Solaris, de acordo com fontes familiares ao assunto.
Leia também:
o IBM pode demitir até 10 mil se comprar Sun (03/04/2009)
o IBM reduz valor de oferta pela Sun (02/04/2009)
o IBM prepara mais demissões, diz WSJ (25/03/2009)
o IBM analisa ativos da Sun Microsystems (23/03/2009)
O valor da oferta apresentada pela IBM para a Sun equivalia quase ao dobro do valor de mercado da companhia de software e servidores da Califórnia.
A Sun desempenhou um papel relevante no início da era da internet mas passou a última década tentando se adaptar ao mercado, enfrentando inúmeras dificuldades financeiras e sendo obrigada a demitir milhares de funcionários.
Fontes familiares ao assunto afirmaram que as duas companhias estavam divergindo a respeito do preço pago pela IBM à Sun e sobre questões regulatórias.

Associated Press