quarta-feira, 4 de março de 2009

O vírus Melissa completa 10 anos

O Melissa, primeiro vírus de e-mail de altíssima distribuição em massa, completa uma década neste mês.
Em março de 1999, um americano chamado David L. Smith criou um vírus que se tornou um marco histórico. Com 31 anos na época, esse programador foi o primeiro a explorar a distribuição de malware por e-mail em alta escala. Segundo Smith, o nome Melissa teria sido inspirado numa dançarina da Flórida.
Visto com olhos de hoje, o Melissa é bem simples. Trata-se de um macrovírus que chega na forma de um documento Word anexo a uma mensagem de e-mail. O remetente é sempre uma pessoa das relações do destinatário. No corpo do texto o Melissa atiçava a curiosidade com uma frase do tipo: "Aqui está o documento que você pediu. Não o mostre a ninguém".
Aberto o doc anexo, o Melissa entrava em ação e se autoenviava aos primeiros 50 endereços da lista de contatos da vítima. O resultado é que os sistemas de correio eletrônicos ficaram entupidos. Empresas como Microsoft, Intel e Lucent desligaram seus sevidores de e-mail para frear o tráfego de mensagens originadas pelo vírus.
Calcula-se que, somente nos EUA, os prejuízos alcançaram 80 milhões de dólares. Em dezembro de 1999, Robert L. Smith foi considerado culpado da criação e distribuição do vírus. A sentença, originalmente de dez anos, foi reduzida para 20 meses e uma multa de 5 mil dólares. Depois, Smith passou a colaborar com o FBI. As técnicas iniciadas por ele foram depois utilizadas para a criação de outro vírus famoso, o I Love You, que causou estrago em maio do ano seguinte.

InfoPlnatão

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